ISSN 2362-1850. Publicación cuatrimestral.
Año 5, N° 23. Octubre 2021-Enero 2022.
Intersecciones, discriminaciones y violencias. Desafíos y problemáticas actuales
Grupo de lectura sobre análisis sociológicos clásicos y contemporáneos (GLASCyC)
Classe, raça e gênero em ecofeminismos espiritualistas latino-americanos
Tânia Regina Zimmermann
Pós-doutora em História pela UNIOESTE e UFPR e professora dos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade Estadual
do Mato Grosso do Sul.
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Resumen
En esta investigación, examino los pensamientos ecofeministas territoriales latinoamericanos en su historicidad, destacando trayectorias individuales y colectivas en las intersecciones de clase, género, sexualidad y raza. Para ello, seleccioné a Rosa Dominga Trapazo y el colectivo Talitha Cumi en Perú, Safina Newbery y el colectivo La Urdimbre de Aquehua en Argentina, Mary Judith Ress en Chile, Ivone Gebara en Brasil y el colectivo Cons-pirando, Gladys Parentelli y el colectivo Gaia en Venezuela. El marco temporal se extiende desde 1980 cuando se produjeron numerosos eventos y encuentros fundamentales para plantear las configuraciones de los movimientos ecofeministas comunitarios espirituales y la mayor presencia de activistas y teóricas con publicaciones sobre el tema. Propongo una investigación bibliográfica revisando diferentes perspectivas y categorías conceptuales (heteropatriarcado, cuerpo-territorio, economía del cuidado, espiritualidades) que actualmente problematizan las relaciones de género en interseccionalidad con la clase, la raza, el medio ambiente y su degradación en los países latinoamericanos. Estos colectivos y ecofeministas plantean un proyecto ético y político que propone una alternativa a la crisis ecológica contemporánea, reconociendo la existencia del vínculo entre la subordinación y la violencia contra las mujeres y la destrucción de la naturaleza.
Palabras clave
Colectivos ecoterritoriales – activistas espiritualistas – patriarcado – América Latina.
Abstract
In this research, I examine Latin American territorial ecofeminist thoughts in their historicity, highlighting individual and collective trajectories at intersections of class, gender, sexuality and race. For this purpose, I cast Rosa Dominga Trapazo and the collective Talitha Cumi in Peru, Safina Newbery and the collective La Urdimbre de Aquehua in Argentina, Mary Judith Ress in Chile, Ivone Gebara in Brazil and the collective Cons-pirando, Gladys Parentelli and the collective Gaia in Venezuela. The time frame extends from 1980 when there were numerous events and fundamental meetings to raise the configurations of spiritual
community ecofeminist movements and the greater presence of activists and theorists with publications on the subject. I propose a bibliographical research reviewing different conceptual perspectives and categories (hetero-patriarchy, body-territory, care economy, spiritualities) that currently problematize gender relations in intersectionality with class, race, environment and their degradation in Latin American countries. These collectives and ecofeminists raise an ethical and political project that proposes an alternative to the contemporary ecological crisis, recognizing the existence of the link between subordination and violence against women and the destruction of nature.
Keywords
Ecoterritorial collectives – spiritualist activists – patriarchy – Latin America.
1. Introdução
Consideramos importante tejer alianzas y establecer estratégias conjuntas para frenar
la destrucción de nuestros territorios-cuerpos, de nuestro planeta, de nuestra Tierra.
(Colectivo Miradas Críticas del Territorio desde el Feminismo, 2017, p. 8)
Como toda a produção de conhecimento é situada para Haraway (1991), esse caminho de revisão se reportará a algumas experiências (práxis) do feminismo comunitário espiritualista em lutas eco-territoriais em distintos países e contextos territoriais da América Latina. Observamos que as mulheres, dissidentes e seus corpos feminizados são as protagonistas porque elas se apresentam nas suas experimentações individuais e coletivas plurais ao conectar processos ecobiográficos, históricos e ecológicos necessários para a sustentabilidade da vida (OROZCO, 2014).
Diante de algumas perspectivas para entender a dimensão de gênero nas ações coletivas eco-territoriais, algumas pensadoras como Rosa Domingo Trapasso, Ivone Gebara, Gladys Parentelli, Mary Judith Ress e Safina Newbery destacam discussões de grande relevância ao entender o cuidado, a maternidade e a domesticidade como lugares políticos bem como observam as assimetrias de gênero e as diferentes violações de mulheres neste contexto e apresentam proposições para um sentipensara partir de distintos coletivos comunitários.
Diante destas assertivas proponho aqui prescrutar pensamentos ecofeministas territoriais latino-americanos em sua historicidade evidenciando trajetórias individuais e de coletivos em cruzamentos interseccionais de classe, gênero, sexualidade e raça. Para tal propósito, elenco Rosa Dominga Trapazo e o coletivo Talitha Cumi no Peru, Safina Newbery e o coletivo La Urdimbre de Aquehua na Argentina, Mary Judith Ress no Chile, Ivone Gebara no Brasil e o coletivo Cons-pirando, Gladys Parentelli e o coletivo Gaia na Venezuela. O recorte temporal estende-se a partir de 1980 quando houve inúmeros eventos e encontros basilares para alçar as configurações de movimentos ecofeministas comunitários espirituais e da maior presença de ativistas e teóricas com publicações sobre o tema. Proponho uma pesquisa bibliográfica revisando distintas perspectivas conceituais e categorias (hetero-patriarcado, corpo-território, economia do cuidado, espiritualidades) que hodiernamente problematizam as relações de gênero em interseccionalidade com classe, raça, meio ambiente e sua degradação em países da América Latina.
2. Contextualizando
O contexto das expressões teóricas e ações da teologia feminista e da teologia ecofeminista são marcadas pelo aprofundamento de políticas e governos neoliberais após 1980 em [1] e seus projetos destrutivos nas relações de trabalho, nos movimentos sociais e no meio ambiente.
A Cúpula da Terra no Rio de Janeiro em 1992 é considerada um marco histórico de intercâmbio entre ecofeministas [2] de , Vandana Shiva e de movimentos indígenas por ocasião dos quinhentos anos da invasão europeia. Nesse período, um grupo de teólogas feministas rompe com os limites do antropocentrismo para construir outra visão de mundo e utopia: a teologia ecofeminista em Abya Yala. Eram freiras influenciadas pela teologia da libertação, que não se dedicavam exclusivamente ao estudo, mas mantinham um trabalho político sustentado em comunidades pobres e marginalizadas, sobretudo, no âmbito das Comunidades Eclesiais de Base.
Estas religiosas alentavam uma espiritualidade [3] cujas atitudes centralizam a vida em plenitude ontológica e dignidade humana em sua multiplicidade de aspectos políticos, sociais, culturais. Isso implica em mudança interior de religação cósmica em busca de uma vivência que produza transformações no interior humano levando a integração de si, com os outros e o mundo. As religiosidades dessas mulheres se interconectam com a diversidade de espiritualidades ancestrais na América Latina centradas em torno da ecologia, do equilíbrio ambiental, social, cultural e econômico.
Em relação as suas práticas espirituais, os rituais estão marcados com o compromisso de cura, de celebrar sensações e sentimentos que celebram a vida, suas vidas e da ancestralidade. Nestas práticas procuram exercitar a conexão consigo mesmas e com a ambiência em que vivem, os ciclos das estações do ano, o planeta e o universo em práticas de meditação e de contemplação para nutrir suas espiritualidades (Ress, 1998).
Embora estas mulheres [4] nas suas práticas em rede manifestem formas de meditação advindas da teologia cristã, também buscam o contato com outras cosmologias juntamente com a poesia, a música, as cores e a amizade. Para Ress (1998, p. 123), as relações pessoais com as outras mulheres são fundamentais, pois ali elas podem compartilhar tanto tristezas e sofrimentos quanto alegrias e sonhos. Os círculos de mulheres se multiplicam em todos os lugares onde cada uma sente o apoio das demais, para vivenciarem um espaço de autoconhecimento, liberdade e cura.
Ao evidenciar o viés androcêntrico e antropocêntrico da teologia da libertação estas teólogas ecofeministas ampliaram análises sobre os mecanismos de opressão ao incluir o corpo território [5] das mulheres e o heteropatriarcado [6] como lugar de reflexão e ação (Trapasso, 1999). Elas construíram a imagem do Deus antipatriarcal, revendo o significado da Trindade, do sagrado, dos atributos divinos, dos símbolos cristãos e desenvolveram uma hermenêutica feminista. Também trouxeram visibilidade e interpretação de divindades femininas cristãs e não cristãs (Cabnal, 2010).
Ao perspectivar todas as formas de vida como sujeitos da ética e da atenção teológica estas ativistas ampliaram as experiências de mulheres pobres, exploradas, brancas, negras, indígenas e de dissidentes em interseções diversas. Para as ecofeministas aqui elencadas, Gebara é uma intelectual militante de referência para fundamentar o trabalho político nessas experiências e construir uma metodologia e uma hermenêutica sobre o conhecimento corporificado e situado.
O foco no trabalho coletivo e em rede para construir um espaço de articulação de suas ideias e práticas teve seus começos no V Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho realizado na Argentina em 1990 (Parentelli, 1992a, 1992b, 1996) No ano seguinte nasceu Con-spirando, o coletivo ecofeminista mais influente de Abya Yala e promotor da revista com o mesmo nome, no qual escreveram textos todas as ecofeministas desta pesquisa. É uma organização horizontal, plural e multinacional que articula os campos da espiritualidade, teologia feminista e ecofeminismo e não depende da academia ou de qualquer organização religiosa (Gebara, 1999, p. 14).
As ecofeministas espiritualistas aqui elencadas tiveram alguma relação com a Teologia da Libertação, cujas ações e perspectivas interseccionais (gênero, classe, raça e sexualidade) denotam que pouco se identificam com movimentos feministas sistêmicos. Elas assumiram um leque de posições, mesmo que individualmente, com base em diferentes fontes: teologia da libertação, teoria feminista, teoria ecofeminista americana, ecologia profunda, psicologia analítica junguiana e diferentes visões de mundo, cosmovisões indígenas, entre outras.
Ress (1988, 2006) pontua que esse leque de posições também ocorre internamente dada as hierarquias de gênero quer seja da igreja católica ou outra instituição religiosa em relação as posições heterodoxas em relação a deus e aos homens. Estas pensadoras/ativistas e seus coletivos, além de um giro radical na teologia, também realizam um trabalho político nas comunidades e pessoas invisibilizadas por políticas públicas, as quais estão expostas a violações estruturais, desigualdades e injustiças sociais. São essas feministas que acolhem outras mulheres mais pobres em bairros e lugares distantes e são as únicas que lá chegam para transcender a visão androcêntrica de mundo para asseverar princípios de justiça social, ética do cuidado, solidariedade e igualdade. Para Gebara (1999, p. 23):
Acontece que a opressão e a exclusão sofridas pelas mulheres parecem mais legitimadas por esse sistema baseado em uma hierarquia excludente baseada em gênero, raça, classe [...] uma posição ecofeminista para mim é uma posição política crítica baseada na luta
antirracista, antissexista e antielitista.
É por isso que Gebara fundamenta seu discurso e seu pensamento na teologia ecofeminista como uma proposta crítica que de alguma forma inspirou a Encíclica Laudato Si. A teologia feminista latino-americana nasce de uma leitura com perspectiva de gênero da teologia da libertação, especialmente dos textos de Gustavo Gutiérrez e Leonardo Boff contrastados com o cotidiano de mulheres pobres, indígenas, excluídas, mães solteiras, enfermas, cuidadoras de enfermos e violados de diferentes maneiras.
Nas suas visões sobre o ecofeminimos, elas o entendem como pensamento e movimento social cuja conexão ideológica ocorre entre a exploração da natureza e a exploração das mulheres dentro do sistema hierárquico-patriarcal. Do ponto de vista filosófico e teológico, o ecofeminismo pode ser considerado como uma sabedoria que tenta recuperar o ecossistema e as mulheres. Estas foram relegados pelo sistema patriarcal, e particularmente pela modernidade, a ser uma força de reprodução do trabalho como “ventres abençoados “enquanto a natureza se tornava objeto de dominação para o crescimento do capital.
Mary Judith Ress (2002) entende o ecofeminismo como o reconhecimento de que a interdependência de todas as coisas é a realidade constitutiva do universo. Gebara (2000) alude que essa interdependência é o ponto-chave de uma epistemologia ecofeminista.
Nesse sentido, Rosa Dominga Trapasso (1993) esclarece que o feminismo acrescido do ecofeminismo e mais os vínculos entre todas as formas de opressão e violência, desde a opressão dentro da família até a destruição de o planeta aduziu não só a uma nova epistemologia e sim a novas coalizões de lutas.
Entre as pautas dessas ecofeministas destacamos o direito ao território, autonomia, soberania alimentar, reconhecimento dos direitos de mulheres (indígenas, rurais, camponesas, urbanas, negras), direitos sexuais e reprodutivos, autocuidado e autoconhecimento, novas visões no campo da espiritualidade e da formação de mulheres para fortalecer sua participação política. Estes temas foram causas em comum após o final da década de 1980 e continuam sendo pontos de articulação até o hodierno.
Entre as ações desses coletivos ecofeministas pontuamos o trabalho do grupo Con-spirando nas suas lutas antipatriarcais, antiimperialistas e antineoliberais bem como do coletivo Talitha Cumi no Peru, o coletivo La Urdimbre de Aquehua na Argentina, e o coletivo Gaia na Venezuela. Em relação a espiritualidade relacionada a religiosidade cristã é possível observar também uma crítica a um Deus monoteísta masculino que racionaliza a alienação do meio ambiente, ao estilo de vida capitalista ocidental de consumo, de guerras que destroem a comunidade biótica e os grupos comunitários mais empobrecidos que não dispõe mais do mínimo necessário para a vida. São esses empobrecidos, os principais consumidores da religião patriarcal porque nela buscam consolo. Daí a importância da crítica ao ordenamento patriarcal, sem o qual o capitalismo não poderia existir (Newbery, 1993, 1996).
Essas ecofeministas imbricaram espiritualidades dos coletivos aqui há muito estabelecidos resistindo à imposição judaico-cristã patriarcal que deslegitimou espiritualidades, religiões e tradições sagradas não-cristãs. Estas espiritualidades “outras” permaneceram e são fundamentais para a vida e lutas dos povos, pois em suas cosmovisões não há uma separação entre toda forma de vida e a transcendência espiritual. Esses coletivos têm por foco uma nova criatividade comum com a interdependência entre o antigo e o novo.
Nas suas práticas reflexivas coletivas elas trazem expressões criativas das suas vivências espirituais que podem ser um poema, uma oração, uma foto. Elas também reconhecem que não há uma única chave ou palavra para entender quem são e para onde vão. Estão certas de que a busca por caminhos mais afetivos e efetivos para que a comunidade de vida, viva com mais dignidade e com justiça socioambiental.
3. Considerações Finais
Trazer ações e pensamentos coletivos e individuais de mulheres ecofeministas espiritualistas de Abya Yala e de seus coletivos também é um ato político bem como um convite para tecer histórias “na região mais vegetal do tempo e da luz” segundo canção de Mercedes Sosa. Estas ecofeministas dão esperanças aos coletivos de mulheres originárias e demais mulheres as quais vivem em intensidade as afetações dos processos exploratórios da colonização e da conquistualidade permanente de seus corpos-territórios.
São mulheres que estão à espreita na defesa de seus corpos-territorios e de suas comunidades desafiando governos neocoloniais, mas também desafiam as teorizações das feministas epistêmicas tanto em relação a geopolítica da colonialidade e do conhecimento. As práxis das ecofeministas antisistêmicas podem permitir diálogos e traduções contextualizados ontologicamente. Essas décadas de lutas que remontam a vários séculos sempre tiveram um sentido explícito: irmandade, alteridade, justiça e libertação. A utopia e ou as ações ecofeministas antipatriarcais se fazem e se replicam no fazer.
A decolonialidade de saberes e poderes tem interposto novas configurações de lutas, sobretudo por mulheres indígenas, negras urbanas e campesinas em relação a seus corpos-territórios. Essas lutas imbricam questões relativas as subjetividades e intersubjetividades em relação a uma ampliação de interseccionalidades opressivas diante das políticas antidemocráticas.
Ao subsumir esses agenciamentos móveis estabelecemos uma relação intrínseca com a história das mulheres, as relações de gênero e os feminismos, pois suas discussões e ações de lutas aludem a resistências e pluralidades de sujeitos e agentes somandose nas intervenções pelos espaços de criação da vida solidária e igualitária. As teóricas propõem algumas respostas para a atual crise ecológica com o modelo de dominação capitalista-patriarcal perspectivando um novo projeto ético e político que propõe uma alternativa à crise ecológica contemporânea, reconhecendo a existência do vínculo entre subordinnação e violência contra as mulheres e a destruição da natureza.
Sem dúvida, esses movimentos ecofeministas diversos e insurgentes, são movimentos sociais importantes na América Latina nas últimas décadas. Nas suas urdiduras, é decisivo o reconhecimento das genealogias que possibilitaram os seus surgimentos, assim como o seu caráter tenso e a tentativa de mostrar as teias de visibilidade e invisibilidade. Se hodiernamente a questão das identidades tem amplo destaque, outras questões, como as relações entre capitalismo, patriarcado e meio ambiente, passaram a ocupar um lugar importante nas práticas e teorias.
Estas ecofeministas e seus coletivos articularam diferentes espiritualidades e se inspiram no movimento por justiça social com críticas às formas patriarcais pelas quais o cristianismo foi transmitido. Para elas, nesse movimento é fundamental reconstruir o corpo da terra, o corpo humano e nossa relação com todos os corpos vivos e não-vivos enquanto tarefa do ecofeminismo. Estas ecofeministas apostam no sonho do ecofeminismo, no qual se anseia pelo reconhecimento fundamental de que as pessoas são um corpo-território com todas as suas nuances e diversidades.
4. Referências Bibliográficas
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Notas
[1] Abya Yala é significado como “terra viva”, “terra madura” e “terra em florescimento”. Esse termo advém do idioma do povo Kuna, originário do Norte da Colômbia e que hoje habita a costa caribenha do Panamá. O nome é utilizado para se referir a América, em contraponto às denominações impostas pelo colonialismo europeu.
[2] O entendemos como uma perspectiva teórica, militante e plural surgido na França e que se espraiou como campo de luta política nos chamados países periféricos da América Latina, África e Asia. Suas bases conceituais partilham que a dominação de mulheres e da natureza derivam das mesmas desigualdades sobre as quais se assenta o sistema capitalista patriarcal (Ciriza, 2020).
[3] Entendemos espiritualidade como uma vivência que busca sentido e aprofundamento em si e no mundo e produz transformações no interior humano levando a integração de si, com os outros e o mundo material e imaterial.
[4] A categoria mulheres refere-se a experiências e posicionamentos múltiplos de sujeitas sem conteúdo cristalizado na feminilidade, maternidade
e sexualidade. A invenção dessa categoria deve-se a diferença na diferença resistindo a normatividade e exclusão (Butler, 2003).
[5] O corpo é o primeiro território e o corpo das mulheres e das identidades feminizadas é o lugar em que persistem as estruturas institucionais e
insti- tucionalizadas, onde se conformam as políticas hierárquicas e as estruturas de poder, ou seja, é a montagem corporificada de gênero, raça, classe, sexualidade e idade. Ver MARCHESE, Giulia. Del cuerpo en el territorio al cuerpo-territorio: Elementos para una genealogía feminista latinoamericana de la crítica a la violencia. EntreDiversidades: Revista de Ciencias Sociales y Humanidades, 6(2), p. 9-41, 2019
[6] Entendemos como uma ordem política baseada no controle, na disciplina e na opressão das mulheres por meio de narrativas muito diversas
e espalhadas e centrada na heteronormatividade. Ver SEGATO, Rita. La guerra contra las mujeres. Madrid: Traficantes de sueños, 2016.
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